Cidasc deve apresentar nova proposta de PCS

           Após muitas cobranças e pressão por parte dos trabalhadores da Cidasc, finalmente a empresa deve apresentar, no dia 10 de setembro, às 14 horas, a proposta do novo PCS, elaborado por uma assessoria contratada pela empresa.

A pressão política realizada pelos trabalhadores nas barreiras, juntamente com o sindicato, foi decisiva para acelerar a divulgação, que o governo já havia prometido para o final de julho. O conteúdo da proposta ainda não foi divulgado, apenas que terá um impacto financeiro insignificante. O parecer do CPF em relação à mesma também não existe. Ou seja: embora concluída a proposta, ela não é concreta, pois ainda depende da aprovação do Conselho Política Financeira (CPF). É, portanto, uma proposta da empresa, não do governo. Mesmo que contenha benefícios para os trabalhadores (o que saberemos somente após o dia 10) não tem até o momento, nenhuma garantia de implementação.

Enquanto isso, a secretaria da agricultura continua enrolando os trabalhadores. Ainda não deu retorno sobre a pauta dos trabalhadores nas barreiras, que foi apresentada no último dia 12 para o secretário adjunto Ayrton Spyes. O prazo dado ao governo pelos trabalhadores está se esgotando o que obriga a discussão de um estado de greve ainda para o mês de setembro.

A imprensa já divulga os primeiros embarques de carne suína para o Japão, concretizando-se um sonho das agroindústrias e do governo estadual. Enquanto isso ganha a cada dia mais evidência a importância do status de zona livre de febre aftosa nesse processo, adquirido por Santa Catarina graças aos trabalhadores da Cidasc e a vigilância permanente dos barreiristas. Mesmo assim, o governo insiste em ignorar as necessidades desses trabalhadores deixando claro que a sua prioridade é garantir o lucro das agroindústrias com mão-de-obra barata. Contam com o futuro apoio e financiamento de suas campanhas eleitorais para se perpetuarem no poder.

O Sindaspi vai continuar lutando para que estes trabalhadores sejam reconhecidos com a garantia de melhores condições de trabalho e salário. Esperamos que a empresa faça a sua parte para sensibilizar o governo e não apenas gaste recurso público para elaborar uma proposta de falsas esperanças aos trabalhadores, destinada ao engavetamento.

Trabalhadores nas barreiras protestam em Simpósio de Suínocultura, em Chapecó

Cerca de 30 trabalhadores, representando as barreiras da região Oeste do estado, estiveram presentes no painel Qualidade da Carne Suína no Mercado Japonês, palestra de abertura do VI Simpósio Brasil Sul de Suinocultura realizado na noite de ontem, 13 de agosto, no centro de eventos de Chapecó. Os trabalhadores portavam faixas com as principais reivindicações da categoria, buscando sensibilizar o secretário da agricultura João Rodrigues, o Adido Agrícola na Embaixada do Brasil em Tóquio, Gutemberg Barone de Araújo Nojosa - palestrante principal do evento e todos os que ali estavam para comemorar a abertura do mercado japonês para a carne suína catarinense.

Através da manifestação, os trabalhadores deixaram claras suas demandas e as deficiências nas condições de trabalho nas barreiras sanitárias da Cidasc. Também mostraram sua participação decisiva na conquista do status de Zona Livre de Aftosa sem vacinação para Santa Catarina, fator principal para determinar a abertura do novo mercado, o que foi reconhecido no discurso do próprio presidente da Cidasc, Enori Barbieri.

Apesar de terem a sua permanência no local ameaçada pela organização do evento, os trabalhadores conseguiram sensibilizar os presentes e receberam diversas falas de apoio. Foi uma mobilização vitoriosa, pois demonstrou o poder de organização e a disposição de lutar dos trabalhadores que enfrentaram quilômetros de estrada com chuva, neblina e frio intenso para protestar na noite da última terça-feira. "Será a primeira de tantas outras que forem necessárias", declarou um dos participantes, exaltando o espírito de união e a determinação que está tomando conta da categoria.

No dia anterior, segunda-feira, 12 de agosto, quarenta trabalhadores, representando as barreiras de todo o Estado, estiveram em reunião na Secretaria da Agricultura onde foram discutidas várias reivindicações relacionadas as condições precárias de trabalho em muitas barreiras e a melhoria nos salários que - na maioria dos casos - é inferior R$ 1.000,00 (mil reais). O secretario adjunto da Secretaria da Agricultura, Airton Spies, sensibilizado com as reivindicações dos trabalhadores propôs fazer os esforços necessários para atender as reivindicações, mas questionou a legalidade das reivindicações, e, deixando claro que o objetivo do Governo é contratar mão de obra barata.

Ao final da reunião foi apresentada à Secretaria da Agricultura uma pauta da categoria para a qual o governo tem 15 dias para dar retorno. Após esse período, os trabalhadores se reunirão para deliberar sobre o estado de greve.

Acesse aqui a Pauta de Reivindicações dos trabalhadores em barreiras sanitárias, entregue ao Secretário da Agricultura, João Rodrigues, no dia 13 de agosto. 

Epagri/Cidasc: Trabalhadores avaliam campanha salarial

Trabalhadores  na Epagri e Cidasc reuniram-se na última sexta, 9 de agosto, para avaliar a campanha Salarial 2013/14 e definir estratégias para próxima campanha salarial, a qual já foi dada a largada, com o sindicato querendo ouvir sua opinião.

A luta vale a pena 

Os desdobramentos da campanha salarial, deste ano, deixam claro e transparente, o fato de que as mobilizações dos trabalhadores, mais cedo ou mais tarde, produzem efeito positivo. O que vinha levando meses para ocorrer (uma contraproposta plausível de ser votada pelos trabalhadores), em 2013, foi acelerado pelo temor do governo de novas mobilizações ante a presença de uma missão japonesa que tratava da assinatura de contrato milionário com aquele país para exportação de carne suína.

O governo não quer deixar transparecer que há deficiências que possam comprometer o status de zona livre de Aftosa sem vacinação que Santa Catarina ostenta graças ao esforço heroico dos trabalhadores nas barreiras. Porém, já estão ficando óbvias algumas deficiências, especialmente com relação à falta de pessoal, condições de trabalho e salário digno para esses trabalhadores. O ano de 2012 foi de intensa mobilização. Embora, sem um grande número de manifestantes, mas com o respaldo de assembleias gerais, as mobilizações provocaram um efeito retardado, ora pela sua radicalidade, ora pela insistência com que foram realizadas. Assim, quem esteve na rua em 2012 pode bater no peito com orgulho, sua luta não foi em vão.      

A campanha de negociação do ACT 2014/2015 se insere num contexto em que a saúde, educação, segurança pública e as contas estaduais estão em frangalhos.

A incompetência administrativa, o desperdício de dinheiro público nas SDRs, na publicidade, na terceirização da merenda escolar, na isenção fiscal para grandes empresas, somados à queda na arrecadação, estão levando o estado com um dos maiores PIB per capita do país, a beira da falência.

Um dos únicos setores que pode fazer a economia voltar a respirar são as exportações agropecuárias. Este setor, que deveria ser considerado a "menina dos olhos" está sendo conduzido com total irresponsabilidade, pois não se sabe até quando status de zona livre de aftosa sobreviverá frente o verdadeiro massacre que está sendo imposto aos trabalhadores nas barreiras da Cidasc.

Mais grave do que isso só a possibilidade de termos mais quatro anos de Raimundo Colombo no comando de Santa Catarina. Especialmente, após o anúncio de que em 2016, Santa Catarina vai perder anualmente mais de R$ 150 milhões com a nova forma de repartição do FPE (Fundo de Participação dos Estados) recentemente aprovada no Senado Federal. Assim, os senadores catarinenses mostraram sua incompetência na defesa dos interesses do estado. As elites e os partidos que sempre governaram o estado estão se organizando para a reeleição de Colombo, enquanto a oposição permanece indecisa. São mais quatro anos que o governo Colombo precisa para implementar as reformas já anunciadas pelo secretário Gavazoni, dentre elas, a extinção de várias empresas públicas.

As eleições de 2014, portanto, também fazem parte do cenário da próxima campanha salarial. Teremos um ano eleitoral pela frente o que obriga os trabalhadores a acelerarem as negociações, sob pena de sermos punido pela chamada lei eleitoral, que o governo sempre usa para não conceder aumento ou reposição de perdas salariais. Assim, a categoria terá o desafio de antecipar a definição da pauta de reivindicações e promover ações capazes de abrir mais cedo a mesa de negociação. Certamente as mobilizações serão mais intensas e radicalizadas.

É um dos nossos maiores desafios tornar a negociação do ACT um processo permanente. Se a base permanecer mobilizada e disposta a lutar o Acordo coletivo pode ser melhorado, sem a necessidade de esperarmos pela nova data-base.

  

Dada a largada para a próxima campanha

Para dar início à campanha salarial 2014/2015 o Sindaspi vai tornar disponível na sua página eletrônica, um espaço para sugestões e opiniões dos trabalhadores em relação à campanha. Trabalhador: utilize esse espaço. Contribua com a sua visão e experiência para ajudar o Conselho do Sindaspi a dar o rumo certo para ampliar as conquistas da categoria.

Para tanto, está sendo criado um espaço no site, onde o trabalhador poderá clicar e escrever sua proposta, sugestão e até mesmo sua avaliação sobre o andamento das campanhas salariais. Enquanto o pessoal cria este espaço, você, que já tiver sua sugestão, pode encaminhar seu  e-mail para imprensa@sindaspisc.org.br

Também serão realizadas reuniões regionais para discutir a próxima campanha salarial, o objetivo é discutir e construir juntos todo o processo da nova campanha, a qual já foi dada a largada.

Pensar uma nova Epagri: Trabalhadores eleitos tomam posse

Na tarde do último dia 09, ocorreu no auditório da sede administrativa da Epagri em Florianópolis da nova diretora de Desenvolvimento Institucional da Epagri, Neiva Dalla Vecchia e o suplente José Clóvis Moreira e do novo Conselheiro de Administração, João Armando Neves dos Santos e a suplente, Maria da Luz Cordeiro, eleitos pelos funcionários da empresa.

Nos seus discursos, os eleitos colocaram sua disposição de trabalhar em sintonia com os funcionários: “Queremos corresponder ao desejo dos funcionários e fazer uma gestão compartilhada com eles, por meio da Faper, e com a diretoria executiva, ouvindo também os sindicatos no sentido de fortalecer ainda mais as relações humanas, profissionais e institucionais, foram as palavras da diretora eleita Neiva. Já o conselheiro eleito João Armando não teve a oportunidade de discursar, porém, quebrou o protocolo para agradecer o apoio dos familiares e dos funcionários que depositaram confiança nas  propostas da chapa vencedora, colocando-se a disposição para atuar junto com os funcionários no fortalecimento da empresa e junto ao conselho, na definição correta dos rumos da empresa.  

O Sindaspi se fez presente na posse para prestar seu apoio aos representantes eleitos e ao mesmo tempo cobrar de toda a direção da Epagri o atendimento de pautas históricas dos trabalhadores, como um PCS justo e negociado com os trabalhadores, mais democracia interna na empresa, ampliação do conselho administrativo, pelo fim das perseguições de qualquer natureza aos funcionários e por uma avaliação institucional decente que possa valorizar os funcionários, beneficiar a empresa e a comunidade que depende dos seus serviços.

É importante a participação e o apoio de todos os funcionários aos representantes eleitos visando fortalecer a gestão democrática das empresas públicas, garantir o comprometimento dos gestores para que a gestão da Epagri seja mais transparente e valorize o bem maior das empresas públicas que são os trabalhadores.

O Sindaspi mais uma vez parabeniza os eleitos e se coloca a disposição para acompanhar e colaborar na construção de uma gestão que possa fazer a diferença em favor dos trabalhadores. 

Coordenador Braz Schussel Cardoso pede mais transparência nos processos de avaliação dos funcionários. 


VÍDEO DA CERIMÔNIA DE POSSE

ATENÇÃO Epagri e Cidasc: Assembleia com os trabalhadores nesta sexta

O Sindaspi/SC convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras na Epagri e Cidasc a participarem da Assembleia Geral Estadual Extraordinária a ser realizada na próxima sexta-feira, 9 de agosto, na APAER (Associação dos Funcionários da Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural) - fundos da Secretaria da Agricultura, Bairro Itacorubi, em Florianópolis/SC, às 8h30 em primeira convocação, e/ou, às 9 horas, em segunda e última convocação, ambas com quórum estatutário.

O sindicato fará uma avaliação juntamente com os trabalhadores da campanha salarial 2013/2014, assim como iniciar a discussão sobre a pauta de reivindicações para a próxima campanha salarial 2014/2015. Como é de conhecimento de todos, 2014 é ano eleitoral, e como sempre o governo se utiliza desta desculpa para não avançar nas reivindicações dos trabalhadores, por conta do limite prudencial. É importante estarmos com as discussões avançadas e já no início do ano começar as negociações.

Historicamente as maiores conquistas dos trabalhadores são com muita luta e participação de todos. Um sindicato apenas consegue ter força para se impor numa mesa de negociação quando base e direção estão próximas,  uma respaldando a outra.

Participe, este é o momento de nos mantermos unidos e em luta. Não esqueça: O sindicato é cada um de nós!

A Cidasc já liberou os trabalhadores a participarem da assembleia, conforme documento abaixo. Ainda aguardamos a liberação da Epagri a qual será disponibilizada aqui assim que encaminhada ao sindicato.

LIBERAÇÃO CIDASC

EDITAL DE CONVOCAÇÃO