Alguns fiscais das barreiras sanitárias da Cidasc (representando
a categoria) e a coordenação do Sindaspi/SC reuniram-se com o secretário da Agricultura,
João Rodrigues, no final da tarde de segunda-feira, 18 de novembro.
Apesar de a reunião ter sido solicitada
pelo secretário, gerando certa expectativa nos trabalhadores de vir alguma
proposta concreta, infelizmente, o secretário João Rodrigues informou não estar
ciente do andamento da greve e chamou a reunião apenas para se inteirar da
situação.
A comitiva informou sobre a assembleia
realizada no dia 29 de outubro, em Campos Novos, que contou com a presença do diretor administrativo da Cidasc, Valdo José dos Santos Filho, onde ele explicou o novo PECS, dirimindo dúvidas e
fez simulações de enquadramento dos trabalhadores, no caso de o novo
plano ser aprovado pelo CPF (Conselho de Politica Financeira). Na mesma hora,
João Rodrigues ligou para o diretor da Cidasc que informou que estudam a
possibilidade de enquadrar estes trabalhadores - contratados em regime de
ensino fundamental para o ensino médio. João Rodrigues também ligou para o secretário
do CPF, Aginolfo José Nau Júnior, pedindo prioridade na questão dos
barreiristas.
O
secretário João Rodrigues também garantiu que o PECS (Plano de Empregos,
Carreiras e Salários) irá melhorar a situação dos barreiristas, porém não soube
informar quanto (valores) nem quando será implementado.
ASSISTA ABAIXO AO VÍDEO COM A REUNIÃO
O ALERTA
De forma bastante sutil o
secretário pediu para que a greve fosse encerrada, pois o mais importante a
categoria ja havia feito: dar o alerta sobre a situação crítica dos
trabalhadores. Mas também deu seu recado (ameaça?): caso volte a febre aftosa
no estado não haveria porque manter a atividade dos barreiristas.
Já está marcada uma nova
assembleia com os trabalhadores, no dia 29 de novembro, data em que o diretor
da Cidasc informou que daria uma resposta para a categoria. A decisão dos
trabalhadores em caso de não haver uma proposta positiva até este dia é parar
todas as atividades imediatamente.
O fato é que a categoria chegou
ao seu limite e não irá retroceder, a agenda de mobilizações será mantida e
realizada de forma continua e crescente até que o governo garanta mudanças mínimas
necessárias, o que inclui aumento salarial, segurança e transporte. Na última
assembleia os trabalhadores deixaram claro que não serão aceitas falsas
promessas e que estão dispostos a lutar até conquistar seus direitos.
Se estes trabalhadores são mesmo
prioridade do Governo de Santa Catarina, como disse o nobre secretário, chegou
a hora de reconhecer o valor destes profissionais que garantem ao estado o status Livre de Febre Aftosa sem vacinação!
Dignidade aos trabalhadores
nas barreiras: Essa luta eu apoio!