quinta-feira, 24 de julho de 2014

Últimas informações sobre os dissídios coletivos – EPAGRI e CIDASC

EPAGRI

Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis, nesta quinta-feira, 24 de julho, com as empresas Epagri e Cidasc e o Sindaspi/SC, a desembargadora Viviane Colucci declarou que a garantia de emprego já é um patrimônio incorporado pelos trabalhadores, ao observar que o advogado da Epagri insistia que a cláusula não seria renovada da mesma forma que os Acordos anteriores.

As audiências foram realizadas em separado, primeiramente com a Epagri e em seguida com a Cidasc. O advogado da Epagri insistiu que havia uma série de fundamentos para se alterar a cláusula da garantia de emprego, citando mudanças e transformações que a empresa irá passar, porém, não explicitou quais seriam estas mudanças. Mas, historicamente, o TRT tem se posicionado por renovar cláusulas que já se tornaram conquistas dos trabalhadores, isso dito, pela própria desembargadora.

Em relação à reposição salarial, a Epagri novamente alegou a questão da Lei Eleitoral, o que foi sabiamente questionado pela desembargadora, que disse que a pauta de reivindicação foi entregue bem antes do período previsto na lei (180 dias) e que, portanto, poderia SIM ter avanços além do proposto pela empresa.

Não havendo concordância entre as partes, nem mesmo interesse por parte da empresa em negociar a cláusula financeira ou, até mesmo, Acordo Parcial (já que a renovação das cláusulas sociais e o INPC já havia sido proposto pelo governo), o TRT propôs que a Epagri e o Sindaspi voltem a negociar nos próximos dias e em 15 dias uma nova audiência será realizada, lembrando que ambos os lados precisam ceder. Porém, a coordenação do Sindaspi ponderou ser um prazo muito grande e que os trabalhadores não aceitam mais tanta enrolação. “A greve poderá ser iniciada a qualquer momento”, alertou. Com isso, a desembargadora concedeu o prazo de oito dias para que a empresa apresente contestação do dissídio coletivo ajuizado e concedeu o prazo para o sindicato de 48 horas para contrarrazões.

A Desembargadora também alertou à empresa que o envio de e-mail coagindo os trabalhadores a não fazerem greve e assinarem o Acordo é INADMISSÍVEL, pois o direto de greve é constitucional e isso não pode mais ocorrer.

A audiência contou com a participação da procuradora do MPT – Teresa Cristina Dunka Rodrigues dos Santos.



CIDASC


Em seguida, iniciou a audiência com a Cidasc, onde um breve relato sobre o histórico da negociação com empresa foi feito para a desembargadora, inclusive relatando a greve dos fiscais nas barreiras, realizada em dezembro passado, a proposta de bonificação apresentada pela empresa e que nunca foi adiante e sobre a proposta de PECS, que segundo a empresa, beneficiaria principalmente os fiscais nas barreiras.

O Sindaspi alertou para o fato de o Plano ter sido construído sem a participação do sindicato e dos trabalhadores, o que, para o TRT é imprescindível. Além disso, não existe garantia alguma de que o Plano será implantado, dependendo da autorização ou não do CPF (Conselho de Política Financeira do Governo de Santa Catarina).

A empresa reconhece os baixos salários dos barreiristas e que a negociação com o governo é difícil e se arrasta, mas sinaliza ter um pouco mais de interesse em negociar que a Epagri. A justiça do Trabalho determinou um prazo de 10 dias para que o CPF apresente uma posição sobre a implantação do PECS, assim como um indicativo de aprovação. Também concedeu o prazo de 10 dias para que a empresa apresente contestação do dissídio coletivo ajuizado e concedeu o prazo para o sindicato de 48 horas para contrarrazões.


A Desembargadora também alertou à empresa que o envio de e-mail coagindo os trabalhadores a não fazerem greve e assinarem o Acordo é INADMISSÍVEL, pois o direto de greve é constitucional e isso não pode mais ocorrer.

A audiência contou com a participação da procuradora do MPT – Teresa Cristina Dunka Rodrigues dos Santos.


Apesar da tentativa dos presidentes das empresas de desmoralizar o movimento grevista, já conseguimos reverter os planos dos administradores, começam a surtir efeitos práticos no julgamento do dissídio coletivo! Continuaremos mobilizados em busca do atendimento de nossas reinvindicações. Fiquem atentos a novas orientações que poderão surgir a qualquer momento. AVANTE! GREVE! Contamos com você nessa luta!


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