quarta-feira, 30 de julho de 2014

Reajuste Retroativo na Forma de Abono: Um golpe contra os trabalhadores

Nas últimas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho na Epagri e Cidasc, os valores do reajuste retroativo à data base (1º de maio) vêm sendo pagos pelas empresas na forma de abono. O governo do estado, invariavelmente, tem apresentado propostas ruins que somadas à sua intransigência, fazem com que as negociações se prolonguem.

A maioria dos trabalhadores não quer assinar de pronto um Acordo para piorar as regras do seu contrato de trabalho. Assim, quando o governo não consegue impor a sua pauta aos trabalhadores, usa de todos os meios para adiar ao máximo a assinatura do acordo. É, na verdade, um artifício dos patrões para prejudicar os trabalhadores e “economizar” no pagamento do reajuste retroativo.

Sempre que o governo propõe pagamento retroativo na forma de abono (como o fez na contraproposta rejeitada para o ACT hora ajuizado), está na verdade sonegando FGTS, INSS, PIS, PASEP e todos os impostos e benefícios que deveriam estar agregados à folha de pagamento dos funcionários. Com essa manobra, autorizada pelo CPF, o governo “economiza” cerca de 40% do valor dos retroativos, (valor este já previsto no orçamento).

Trabalhador faça seus cálculos. Esse valor poderia ser transformado em aumento no vale alimentação, ou reposição de parte das perdas salariais, caso houvesse vontade política.  

Além disso, o governo usa a “demora” nas negociações como ferramenta antissindical. Tenta colocar os trabalhadores contra o sindicato que os representa e busca salvaguardar os seus direitos ou até mesmo ampliá-los. Infelizmente nem todos compreendem essa situação e por vezes fazem coro com as empresas contra os próprios colegas que buscam melhorias para o coletivo. Sabe-se que muitos desses querem apenas “puxar o saco” dos dirigentes da empresa, visando benefícios individuais no futuro.

Queremos valorizar a pauta de reivindicações DOS TRABALHADORES e não a do governo que até o momento, além de imoral está abaixo dos parâmetros legais e atenta contra os nossos direitos adquiridos.

O ajuizamento do dissídio coletivo busca, entre outras coisas, colocar em xeque algumas manobras que o governo usa para impor perdas aos trabalhadores, dentre elas o retroativo na forma de abono. Estamos lutando para garantir aos trabalhadores, no mínimo o que lhes é de direito e um ACT que traga mais dignidade e autoestima.

É GREVE e iremos PARALISAR A QUALQUER MOMENTO, pois a cada dia a categoria está mais mobilizada e pronta para o que der e vier. DESSA LUTA NÃO ARREDAMOS PÉ.

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