quarta-feira, 9 de julho de 2014

Trabalhadores seguem mobilizados para a greve

O comando de greve dos trabalhadores da Epagri e Cidasc se reuniu na última segunda-feira, 7 de julho, em Campos Novos, para discutir a proposta apresentada pelo secretário da agricultura. É importante salientar que essa proposta foi uma reação do governo à corajosa decisão, na última assembleia, que deliberou pela greve a partir de 18 de julho. Como já é costume deste governo, a proposta não apresentou grandes novidades, nem qualquer reposição das astronômicas perdas acumuladas na tabela salarial (80%). Apenas a oferta de aumento de R$ 1,00 (um real) no vale alimentação e a promessa de uma Revisão Sem Compromisso do PCS nas empresas. As principais reivindicações da categoria foram categoricamente ignoradas.

Quanto ao aumento no vale alimentação, trata-se apenas da correção pelo INPC, já esperado pela categoria como resultado do julgamento do Dissídio Coletivo ajuizado pelo Sindaspi. Já a proposta de revisão do PCS é vaga e fora da realidade. Primeiro, porque não dá nenhuma garantia de que será implementada, o que já vem ocorrendo, gerando inclusive ações trabalhistas. Segundo, porque já temos várias revisões engavetadas na Epagri, e, na Cidasc, uma proposta de PCS foi apresentada ao CPF, ainda em 2013, e até hoje não se manifestou.

Parece claro que o governo está querendo ganhar tempo e novamente enganar os trabalhadores. Os trabalhadores definiram que apenas vão considerar propostas de revisão de PCS previamente autorizadas pelo CPF, caso contrário, estaríamos assinando um cheque em branco e ainda com o risco de estar sem fundos.

A manifestação da assembleia dos trabalhadores, no dia 06 de junho, em Concórdia, foi clara e será seguida pelo comando de greve dos trabalhadores. Apenas serão negociadas propostas que tragam benefícios e garantias para os trabalhadores. O governo teve muito tempo para negociar (a pauta de reivindicações foi entregue ainda em fevereiro) e ao invés disso, optou por enrolar os trabalhadores, provocando a deflagração de uma greve que pode comprometer serviços importantes prestados pela Epagri e Cidasc. Enquanto outras categorias do serviço público catarinense receberam propostas com aumento real de salário e reajustes de benefícios variando entre 11 e 20%, os trabalhadores da Epagri e Cidasc são novamente vistos pelo governo estadual como funcionários de 2ª categoria, sem direito a condições de trabalho decentes.

Os trabalhadores não levarão em conta promessas de que haverá aumento depois das eleições, que alguns dirigentes das empresas estão fazendo, de forma oportunista em desrespeito a dignidade dos trabalhadores e visando a sua desmobilização. São promessas requentadas de políticos fracassados que querem usar nossas valorosas empresas públicas como comitês político-partidários.

Enquanto não houver uma proposta descente não haverá negociação, seguiremos mobilizando os trabalhadores para a greve agenda para 18 de Julho.


 Nossos direitos só a luta faz valer!





Comando de Greve

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