quinta-feira, 10 de julho de 2014

Aprovar esta proposta seria como assinar um cheque em branco ao CPF

A Secretaria da Agricultura convocou uma reunião com todos os sindicatos, nesta quinta-feira, 10 de julho, com o objetivo de explicar a proposta encaminhada (indevidamente) aos trabalhadores e sindicatos na terça-feira.


A proposta antecipa o prazo de conclusão do Plano de Cargos e Salários para o dia 31/01/2015 e o início da implantação da revisão para 31/07/2015. Porém, a implantação continua vinculada a uma futura aprovação, ou não, do CPF (Conselho de Política Financeira). Outro ponto importante, questionado pelo Sindaspi/SC, é o fato dos trabalhadores não terem conhecimento de qual será a redação deste Plano. “Não podemos assinar um cheque em branco e deixar a categoria na mão de um órgão (CPF) que tem sempre se mostrado desfavorável aos interesses e direitos dos trabalhadores”, afirmou Arnoldo Ramos Candido, coordenador do Sindaspi.


O coordenador do Sindaspi sugeriu que fosse dado um prazo de 60 dias para o governo apresentar uma proposta de PCS, já aprovado pelo CPF e que o mesmo fosse apresentado para a categoria aprovar ou não.  “Do contrário, é impossível assinar ou manter a cláusula do PCS no ACT 2014/15”, concluiu Arnoldo.


Como a maioria dos sindicatos não concordou com a proposta apresentada, foi encaminhado que a Secretaria da Agricultura voltará a conversar com o CPF para buscar melhorias na atual proposta, o que inclui aumentar o prazo da garantia de emprego e o um aumento maior no Vale Alimentação. Com esta proposta é impossível chamar a categoria para uma assembleia, visto que a pauta de reivindicações praticamente não está contemplada em nada.  


Assim como, manter a garantia de emprego somente até julho de 2015 pode significar um tiro no pé, visto que as negociações normalmente ultrapassam esta data. Quem garante que o governo não irá enrolar para iniciar as negociações, como fez neste ano, o que poderia obrigar os sindicatos a aprovar um Acordo no próximo ano sem a devida negociação, garantindo avanços.  


Infelizmente, o que o governo quer é pressionar os trabalhadores a aprovarem esta proposta que pode ser um grande problema no futuro. Não podemos temer nem nos amedrontar. O momento é de calma e união. Nossa greve está mantida e vamos manter nosso foco nos objetivos defendidos na assembleia pelos trabalhadores.  


 

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