A Secretaria da Agricultura convocou uma reunião com todos os sindicatos, nesta quinta-feira, 10 de julho, com o objetivo
de explicar a proposta encaminhada (indevidamente) aos trabalhadores e
sindicatos na terça-feira.
A proposta antecipa o prazo de conclusão do Plano de Cargos
e Salários para o dia 31/01/2015 e o início da implantação da revisão para
31/07/2015. Porém, a implantação continua vinculada a uma futura aprovação, ou
não, do CPF (Conselho de Política Financeira). Outro ponto importante,
questionado pelo Sindaspi/SC, é o fato dos trabalhadores não terem conhecimento
de qual será a redação deste Plano. “Não podemos assinar um cheque em branco e
deixar a categoria na mão de um órgão (CPF) que tem sempre se mostrado
desfavorável aos interesses e direitos dos trabalhadores”, afirmou Arnoldo
Ramos Candido, coordenador do Sindaspi.
O coordenador do Sindaspi sugeriu que fosse dado um prazo de 60 dias para o
governo apresentar uma proposta de PCS, já aprovado pelo CPF e que o mesmo
fosse apresentado para a categoria aprovar ou não. “Do contrário, é impossível assinar ou manter a
cláusula do PCS no ACT 2014/15”, concluiu Arnoldo.
Como a maioria dos sindicatos não concordou com a proposta
apresentada, foi encaminhado que a Secretaria da Agricultura voltará a
conversar com o CPF para buscar melhorias na atual proposta, o que inclui
aumentar o prazo da garantia de emprego e o um aumento maior no Vale
Alimentação. Com esta proposta é impossível chamar a categoria para uma
assembleia, visto que a pauta de reivindicações praticamente não está
contemplada em nada.
Assim como, manter a garantia de emprego somente até julho
de 2015 pode significar um tiro no pé, visto que as negociações normalmente
ultrapassam esta data. Quem garante que o governo não irá enrolar para iniciar
as negociações, como fez neste ano, o que poderia obrigar os sindicatos a aprovar
um Acordo no próximo ano sem a devida negociação, garantindo avanços.
Infelizmente, o que o governo quer é pressionar os
trabalhadores a aprovarem esta proposta que pode ser um grande problema no
futuro. Não podemos temer nem nos amedrontar. O momento é de calma e união. Nossa
greve está mantida e vamos manter nosso foco nos objetivos defendidos na assembleia
pelos trabalhadores.
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