Os
trabalhadores nas empresas Cidasc e Epagri reuniram-se em assembleia, na última
sexta-feira, 6 de junho, em Concórdia, para discutir o rumo da campanha
salarial.
Os
trabalhadores consideram inaceitável o descaso do governo para com a categoria
que, nos últimos anos, tem trazido importantes conquistas para o estado e não
tem merecido o devido respeito e consideração. Esses trabalhadores já acumulam
uma perda salarial superior a 80% e não obtiveram qualquer avanço nesse
governo.
Os Planos de
Cargos e Salários estão defasados com as faixas salariais iniciais abaixo do
piso mínimo estadual correspondente e sem mecanismos de estímulo à capacitação
para grande parcela dos trabalhadores. A falta de compromisso do governo do
estado com os fiscais nas barreiras sanitárias que trabalham sem segurança, com
falta de pessoal e com salários miseráveis é inconcebível. Toda essa situação
vem gerando o desestímulo e a revolta dos trabalhadores.
A recusa do
governo em avançar nas negociações nos levou a uma situação limite diante da
qual a greve é a única alternativa. Os serviços de fiscalização agropecuária,
pesquisa, meteorologia, análises de água, solo e plantas ficarão comprometidos
por tempo indeterminado, caso o governo não avance na negociação da pauta de
reivindicações entregue pelos trabalhadores ainda no mês de fevereiro. A assembleia definiu por unanimidade pelo
início da greve, marcada para o dia 18 de julho.
Mobilização
na barreira sanitária da BR 153
Os
trabalhadores também realizaram uma mobilização na barreira sanitária da BR
153, onde além de panfletos e sacolinhas de lixo para carros e caminhões, com o
mote da greve, foram distribuídas frutas para os que passavam pela barreira.
Esse é o
início de uma campanha de conscientização sobre a qualidade e sanidade
vegetal/animal, provinda das pesquisas sustentadas pelos operários rurais e da
fiscalização realizada pelos "barreiristas" e a importâncias dessas
carreiras/funções tanto para o estado quanto para o Brasil.
Simultaneamente
ocorreu um protesto sobre o tratamento, desrespeito e descaso do governo do
estado (Raimundo Colombo), com exibição de faixas, apresentação das
reivindicações das categorias.
É o início
de uma grande mobilização de luta pela dignidade que promete contagiar o estado
inteiro e mostrar ao governo do estado o quanto somos necessários para a
sociedade catarinense.
Durante o
período que antecede a greve realizaremos várias reuniões buscando construir
uma grande adesão que seja capaz de mudar os rumos das negociações que foram
encerradas pelo governo
Trabalhadores, vamos à luta! Agora nossa
ferramenta de trabalho é a greve!
GREVE NA MÍDIA:
RÁDIO ALIANÇA