quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Governo Colombo e empresas: Intransigência total com os trabalhadores no dissídio coletivo


Após a última audiência na Justiça do Trabalho onde está ajuizado nosso dissídio coletivo de trabalho, as empresas (Epagri e Cidasc) tiveram um prazo para se manifestar em relação à pauta de reivindicações dos trabalhadores. Nas suas argumentações, as empresas não apresentaram qualquer proposta de avanço, mas sim propostas de retirada de direitos historicamente adquiridos e que já foram concedidos a outros sindicatos que assinaram o Acordo.

Fica claro nessas argumentações que as empresas estão pretendendo prejudicar os trabalhadores que não aceitaram a imposição de uma pauta do governo e da mesma forma, o sindicato que as representa. Ainda insistem em questionar as nossas assembleias e praticamente todos os itens da nossa pauta. O CPF, por sua vez, declara que está analisando a proposta da Cidasc, mas não vai se manifestar quanto ao PEC´s no atual exercício.

Em defesa dos trabalhadores, o Sindaspi está elaborando as contra argumentações que reafirmam a importância e a legitimidade da nossa pauta para a manutenção da qualidade dos serviços públicos prestados, o que certamente será considerado pela justiça do trabalho.

Porém, o mais grave é a postura de não querer o julgamento do dissídio pela Justiça do Trabalho. Estão tentando retardar ao máximo a definição do Acordo, prejudicando a grande maioria dos trabalhadores dessas empresas. Insistem em impor uma proposta de Acordo Coletivo já rejeitada pelos trabalhadores e que apresenta parâmetros bem piores do que está sinalizando o judiciário.

Não houve acordo. A imensa maioria dos trabalhadores rejeitou a contra-proposta do governo. O mínimo que se espera diante disso, é uma atitude de bom senso por parte das empresas. O que infelizmente não vem acontecendo. Utilizam argumento jurídicos contestáveis para disfarçar uma única verdade: O governo não quer negociar com os trabalhadores! Se não quer negociar e não quer a intermediação do judiciário, então é porque quer a greve geral com paralisação de todas as atividades na Epagri e Cidasc. Todos sabem das conseqüências de um movimento grevista, mas pelo que se vê, o governo do estado é o único que não está preocupado.


Trabalhador: Prepare-se, o momento é de luta!


Com a greve, uma abrangente campanha publicitária pela manutenção dos serviços das empresas públicas, assim como grandes paralisações estão sendo organizadas e ganhando a simpatia e adesão de mais e mais trabalhadores e sindicatos. É hora de mobilizar e denunciar para toda a sociedade catarinense o descaso com que o governo trata os trabalhadores da Epagri e Cidasc e o setor agropecuário catarinense.


Nesse momento os trabalhadores devem estar preparados. Os argumentos das empresas no dissídio fez cair sua máscara. Agora sabemos que existem DOIS lados e apenas UM defende os trabalhadores. As empresas têm seus meios para desinformar, confundir e ameaçar os funcionários e vai utilizá-los contra a sua dignidade, trabalhador. Vamos permanecer firmes e unidos e fortalecendo o nosso movimento.

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