Após a última
audiência na Justiça do Trabalho onde está ajuizado nosso dissídio coletivo de
trabalho, as empresas (Epagri e Cidasc) tiveram um prazo para se manifestar em
relação à pauta de reivindicações dos trabalhadores. Nas suas argumentações, as
empresas não apresentaram qualquer proposta de avanço, mas sim propostas de
retirada de direitos historicamente adquiridos e que já foram concedidos a
outros sindicatos que assinaram o Acordo.
Fica claro
nessas argumentações que as empresas estão pretendendo prejudicar os
trabalhadores que não aceitaram a imposição de uma pauta do governo e da mesma
forma, o sindicato que as representa. Ainda insistem em questionar as nossas
assembleias e praticamente todos os itens da nossa pauta. O CPF, por sua vez,
declara que está analisando a proposta da Cidasc, mas não vai se manifestar
quanto ao PEC´s no atual exercício.
Em defesa dos
trabalhadores, o Sindaspi está elaborando as contra argumentações que reafirmam
a importância e a legitimidade da nossa pauta para a manutenção da qualidade
dos serviços públicos prestados, o que certamente será considerado pela justiça
do trabalho.
Porém, o mais
grave é a postura de não querer o julgamento do dissídio pela Justiça do Trabalho.
Estão tentando retardar ao máximo a definição do Acordo, prejudicando a grande
maioria dos trabalhadores dessas empresas. Insistem em impor uma proposta de Acordo
Coletivo já rejeitada pelos trabalhadores e que apresenta parâmetros bem piores
do que está sinalizando o judiciário.
Não houve
acordo. A imensa maioria dos trabalhadores rejeitou a contra-proposta do
governo. O mínimo que se espera diante disso, é uma atitude de bom senso por
parte das empresas. O que infelizmente não vem acontecendo. Utilizam argumento
jurídicos contestáveis para disfarçar uma única verdade: O governo não quer
negociar com os trabalhadores! Se não quer negociar e não quer a intermediação
do judiciário, então é porque quer a greve geral com paralisação de todas as
atividades na Epagri e Cidasc. Todos sabem das conseqüências de um movimento
grevista, mas pelo que se vê, o governo do estado é o único que não está
preocupado.
Trabalhador: Prepare-se, o momento é de
luta!
Com a greve, uma
abrangente campanha publicitária pela manutenção dos serviços das empresas
públicas, assim como grandes paralisações estão sendo organizadas e ganhando a
simpatia e adesão de mais e mais trabalhadores e sindicatos. É hora de
mobilizar e denunciar para toda a sociedade catarinense o descaso com que o governo
trata os trabalhadores da Epagri e Cidasc e o setor agropecuário catarinense.
Nesse momento
os trabalhadores devem estar preparados. Os argumentos das empresas no dissídio
fez cair sua máscara. Agora sabemos que existem DOIS lados e apenas UM defende
os trabalhadores. As empresas têm seus meios para desinformar, confundir e
ameaçar os funcionários e vai utilizá-los contra a sua dignidade, trabalhador.
Vamos permanecer firmes e unidos e fortalecendo o nosso movimento.
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