Fiscais das
barreiras sanitárias, que estão em estado de greve, e o coordenador do Sindaspi,
Adriano Scariot, reuniram-se com o vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor
Canton, nesta segunda-feira, 25 de novembro, em Chapecó.
O objetivo da
reunião foi de informar a agroindústria sobre a situação de estado de greve nas
barreiras sanitárias e solicitar apoio às reivindicações da categoria. O vice-presidente
demonstrou-se surpreso e sensibilizado ao ser informado sobre as reais condições
de trabalho e o baixo salário recebido pelos fiscais que são responsáveis pela
manutenção do atual status sanitário
de Santa Catarina.
“Não é interessante para as agroindústrias essa situação,
pode-se colocar em risco o que levou décadas para ser conquistado” disse
Canton, que se colocou a disposição para colaborar nas negociações. Também
enviou um ofício ao governo do estado solicitando atenção especial às justas reivindicações da categoria.
Presidente da Cidasc muda de discurso
Durante a
reunião, Cantou ligou para o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, que apesar
de estar na Itália, conversou com o grupo e informou que o governo ainda não
teve tempo para elaborar uma proposta concreta e dificilmente apresentaria até
a assembleia do dia 29 de novembro.
Sugeriu que os
trabalhadores continuassem trabalhando para evitar uma ruptura de diálogo com o
governo. Por fim, afirmou que o acordo coletivo já havia sido assinado e que a
negociação provavelmente se estenderia até o próximo acordo coletivo.
Por telefone,
o coordenador do sindicato alertou que a categoria já havia dado um prazo
extenso e que o mesmo já estava se esgotando. O presidente da Cidasc mudou o
discurso, para a mídia, informou que o salário seria reajustado para R$ 1.800,00
em breve e para os trabalhadores diz que não há nada previsto. Em qual dos
Barbieri podemos acreditar?
Próximas mobilizações serão maiores
No dia 18 de
novembro, o secretário João Rodrigues se comprometeu em apresentar algo
concreto em poucos dias. Até o momento, absolutamente nada foi apresentado.
Estaria o governo tentando enrolar novamente os trabalhadores?
A categoria já
tem novas mobilizações programadas e a paralisação dos serviços nas barreiras é
uma questão de tempo, a não ser que o governo tenha a mesma boa vontade em
negociar demonstrada pelos trabalhadores. A pauta de reivindicações dos
trabalhadores é insignificante diante do que está em jogo para o setor
agropecuário catarinense. Para resolver o impasse basta vontade política do
governo.
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