quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cidasc emperra negociação com MPT e decepciona trabalhadores


Após vários meses de negociação com a Cidasc, com a finalidade de firmar um acordo para uma jornada de trabalho menos penosa para os trabalhadores nas barreiras sanitárias, mais uma vez a empresa decepciona. Durante a negociação, a Cidasc concordou em alterar a jornada, via acordo coletivo, desde que houvesse o respaldo do Ministério Público do Trabalho. 

O Sindaspi agendou então uma audiência, realizada no dia 5 de outubro, onde estiveram presentes o Sindaspi, a assessoria jurídica da Cidasc e o Ministério Público do Trabalho. Nesta oportunidade, a Cidasc não hesitou em colocar empecilhos para que fosse efetivada a alteração da jornada, deixando transparecer que a decisão de acabar com a jornada de 24 x 96 horas foi uma medida de retaliação aos trabalhadores que passaram a buscar os seus direitos na justiça.

Mesmo com um contrato de trabalho precarizado, instalações inadequadas, condições de segurança e transporte insuficientes, os trabalhadores nas barreiras vêm demonstrando competência e responsabilidade que credenciam Santa Catarina no cenário internacional, garantindo, além da segurança na mesa dos catarinenses, contratos de exportações que geram divisas para o estado. Diante dessas circunstâncias, podem ser considerados verdadeiros heróis, pois em nenhum momento deixaram as fronteiras desguarnecidas e nos períodos de emergência, nunca se negaram a contribuir. Não merecem receber esse tratamento por parte da Cidasc e do governo do estado, que estão virando as costas para esses servidores. 

Como se não bastassem todos esses problemas, os trabalhadores nas barreiras estão com o seu futuro incerto, pois com as mudanças previstas na nova lei de fiscalização agropecuária de Santa Catarina, não fica claro qual a função desses profissionais, se é que ainda terão alguma função na Cidasc que também está ameaçada de extinção.

Todo esse contexto mostra a irresponsabilidade desse governo para com a agricultura e o seu desprezo pelo serviço público prestado pelos trabalhadores da Cidasc que, ao invés de serem recompensados pelo trabalho reconhecido pela população, são junto com ela, penalizados pelo governo, através do sucateamento das estruturas, extinção de serviços, péssimas condições de trabalho e remuneração além de ameaças de desemprego.  

O Sindaspi continuará empenhado em garantir melhores condições de trabalho nas barreiras, buscando o apóio do Ministério Público do Trabalho com o qual agendará novas audiências para encontrar soluções em benefício dos trabalhadores.

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