terça-feira, 23 de agosto de 2011

Assinado ACT´s 2011/12 com o governo do estado


Após duas horas de espera, (reunião agendada para as 17 horas, mas que ocorreu somente às 19 horas) demonstrando mais uma vez o descaso do governo com os trabalhadores, inicia uma reunião que tinha tudo para ser tranquila, pois apenas era a assinatura dos ACT´s já aprovados pelos trabalhadores em assembleia. O entendimento da Intersa era de que o condicionamento tratava da troca da avaliação de desempenho das empresas referente ao ano de 2009 pela aplicação de 1% de ganho real a todos os trabalhadores representados pela intersindical.

Em defesa dos trabalhadores, os sindicatos não concordaram com as justificativas do governo para o não pagamento do 1% (um por cento) já na folha de agosto. A polêmica em torno do parágrafo terceiro do ACT tornou a reunião morosa e cansativa. Passavam das 21 horas quando a executiva da Intersa retirou-se da sala, com a certeza do dever cumprido.  

Para o secretário adjunto, Airton Spies, a cláusula era clara e somente com a assinatura de TODOS os sindicatos seria permitido o pagamento deste valor. Já a Intersa, declarou que em momento algum negociou com os demais sindicatos e que, portanto, o nosso Acordo não poderia estar atrelado a “terceiros”. Para o governo, a retirada da cláusula abriria uma brecha para que os demais sindicatos entrassem com processo legal contra o governo. 

O secretário João Rodrigues ponderou que talvez a cláusula não fosse um impedimento caso os demais sindicatos assinassem um documento concordando com a mesma, já que não era essa a cláusula que impedia o ACT por partes destes sindicatos (leia-se Seagro, Engenheiros, Veterinários, Secretárias e contadores, estes dois últimos ausentes ontem). Os representantes destes sindicatos (que se encontravam reunidos em outra sala) foram chamados e foi proposto que assinassem esse documento, o que de imediato não foi muito bem recebido por eles, e retornariam para outra sala para avaliar.

O impasse estava feito. A Intersa não aceitava assinar o ACT sem o pagamento do 1%, os demais sindicatos não queriam comprometer o acordo deles assinando o documento. O secretário ligou para o “fantasma” CPF, conversou em separado com os demais sindicatos e após muita negociação, foi aceito pelo CPF e pelos sindicatos o pagamento do 1% já na folha de agosto, para todos os empregados, independente do sindicato  filiado, se bancado pelo CPF, e considerando que a INTERSA/Sindaspi é o sindicato majoritário. 


Novamente, a INTERSA foi obrigada a “bater o pé” diante do governo para garantir a seriedade na negociação do acordo, fato ignorado pelo governo que desrespeita a decisão de uma assembleia e a livre organização dos sindicatos para negociar suas pautas específicas.
  


·    *    O polêmico “Parágrafo Terceiro”: A concessão do aumento real de 1% previsto no Parágrafo 2º. fica condicionada à substituição, com a aprovação de todos os sindicatos que enviaram pauta de reivindicação para o ACT de 2011/2012, da promoção por merecimento prevista no PCS e decorrente da Avaliação de Desempenho Funcional dos empregados da Cidasc e Epagri, referente ao ano de 2009, desde já dando-se quitação da promoção por merecimento desse período.



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