terça-feira, 1 de abril de 2014

Nova rodada de negociação com poucos avanços e muitos embates


Em mais uma rodada de negociação com o diretor da Secretaria da Agricultura, Airton Spies, para discutir a campanha salarial 2014/15, nesta terça, 1º de abril, poucos avanços e muita enrolação. Percebe-se um esforço da Cidasc em incluir seu Plano de Cargos e Salários no ACT, muito provavelmente, por conta do susto que a empresa levou com as mobilizações e paralisações dos barreiristas no ano passado. Porém, a Epagri, que desta vez participou, parece estar subserviente ao CPF.

Spies reafirmou que a orientação do governo do estado, via CPF, é a de renovar as cláusulas sociais e limitar o reajuste ao INPC, o que não é novidade, inclusive com o famigerado ofício do CPF publicado em nosso site.

A Cidasc, através do diretor Valdo Santos Filho, informou que o PECS encontra-se sob a análise do CPF e Secretaria da Fazenda, porém, o governo não soube especificar quando apresentará uma resposta. “Mas, segundo o secretário do CPF, Aginolfo José Nau Júnior, os planos serão implantados”, informou Valdo.

Já o presidente da Epagri, Luiz Ademir Hessmann, disse que vem discutindo com o CPF há bastante tempo e que eles sempre dizem que nada que tenha impacto financeiro será aceito, e que, portanto, os PCS´s das empresas não avançariam. Informação que foi criticada pelo diretor da Cidasc, que acredita, que se as duas empresas lutassem juntas teriam mais forças para negociar. “Se os dois PCS´s estivessem no CPF para análise facilitaria a análise e a negociação dos planos”, cobrou Valdo. Um dos sindicalistas presentes também alertou para a existência de um relatório interno do PCS da Epagri estar na mesa do presidente desde agosto de 2013 sem qualquer avanço. Hessmann se defendeu dizendo que 80% da proposta de PCS da Cidasc já estão consolidadas na Epagri. O que não foi aceito pela maioria dos sindicalistas.

Remediando a discussão, Spies, ponderou que o ideal seria as duas empresas apresentarem suas propostas de Plano ao CPF, com o objetivo de garantir que ele seja aprovado pelo governo, mesmo que a implantação seja posterior.

O coordenador Arnoldo Candido Ramos, afirmou que não será fechado o ACT 2014/15 até que se aprove PCS. “Manteremos nossa política de mobilizações e paralisações como forma de pressionar o governo”, avaliou. Segundo a maioria dos sindicatos presentes, as bases não aceitarão as imposições do governo, inclusive o artifício de não renovar a garantia de emprego será aceito pelos trabalhadores, que estão cansados de ser enrolados por este governo, que ano após ano inventa desculpas, enquanto as perdas só aumentam.


Spies disse que irá sentar com as empresas para elaborar um documento, baseado nas pautas apresentadas, para conseguir avançar junto ao CPF em uma nova contraproposta, e em seguida chamará os sindicatos a voltarem  à mesa de negociação.

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