Em mais
uma rodada de negociação com o diretor da Secretaria da Agricultura, Airton
Spies, para discutir a campanha salarial 2014/15, nesta terça, 1º de abril,
poucos avanços e muita enrolação. Percebe-se um esforço da Cidasc em incluir
seu Plano de Cargos e Salários no ACT, muito provavelmente, por conta do susto
que a empresa levou com as mobilizações e paralisações dos barreiristas no ano
passado. Porém, a Epagri, que desta vez participou, parece estar subserviente
ao CPF.
Spies reafirmou que a orientação
do governo do estado, via CPF, é a de renovar as cláusulas sociais e limitar o
reajuste ao INPC, o que não é novidade, inclusive com o famigerado ofício do
CPF publicado em nosso site.
A Cidasc, através do diretor
Valdo Santos Filho, informou que o PECS encontra-se sob a análise do CPF e
Secretaria da Fazenda, porém, o governo não soube especificar quando
apresentará uma resposta. “Mas, segundo o secretário do CPF, Aginolfo José
Nau Júnior, os planos serão implantados”, informou Valdo.
Já o presidente da Epagri, Luiz
Ademir Hessmann, disse que vem discutindo com o CPF há bastante tempo e
que eles sempre dizem que nada que tenha impacto financeiro será aceito, e que,
portanto, os PCS´s das empresas não avançariam. Informação que foi criticada pelo
diretor da Cidasc, que acredita, que se as duas empresas lutassem juntas teriam
mais forças para negociar. “Se os dois PCS´s estivessem no CPF para análise
facilitaria a análise e a negociação dos planos”, cobrou Valdo. Um dos
sindicalistas presentes também alertou para a existência de um relatório
interno do PCS da Epagri estar na mesa do presidente desde agosto de 2013 sem
qualquer avanço. Hessmann se defendeu dizendo que 80% da proposta de PCS da
Cidasc já estão consolidadas na Epagri. O que não foi aceito pela maioria dos
sindicalistas.
Remediando a discussão, Spies,
ponderou que o ideal seria as duas empresas apresentarem suas propostas de
Plano ao CPF, com o objetivo de garantir que ele seja aprovado pelo governo,
mesmo que a implantação seja posterior.
O coordenador Arnoldo Candido
Ramos, afirmou que não será fechado o ACT 2014/15 até que se aprove PCS.
“Manteremos nossa política de mobilizações e paralisações como forma de
pressionar o governo”, avaliou. Segundo a maioria dos sindicatos presentes, as
bases não aceitarão as imposições do governo, inclusive o artifício de não
renovar a garantia de emprego será aceito pelos trabalhadores, que estão
cansados de ser enrolados por este governo, que ano após ano inventa desculpas,
enquanto as perdas só aumentam.
Spies disse que irá sentar com
as empresas para elaborar um documento, baseado nas pautas apresentadas, para
conseguir avançar junto ao CPF em uma nova contraproposta, e em seguida chamará
os sindicatos a voltarem à mesa de negociação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário