O Sindaspi participou nesta tarde, 31 de março, de uma rodada de negociação na SRTE (Superintendência Regional de Trabalho e Emprego) para discutir a campanha salarial 2014/2015. Somente a Cidasc enviou representante, mais uma vez, a Epagri se fez ausente.
A Cidasc apresentou o ofício do Conselho de Política Financeira, no qual o CPF (Comitê de Política Financeira) autoriza apenas a reposição do INPC do período, a renovação das cláusulas sociais, com exceção da garantia de emprego, que não poderá ser renovada. O documento também informa que não serão admitidas cláusulas novas e nem o uso do salário mínimo como indexador.
O Sindaspi disse que não está autorizado a negociar esta proposta, pois existe uma pauta de reivindicações aprovada pelos trabalhadores e já protocolada na secretaria e nas empresas em 28 de fevereiro. O Sindaspi informou também que se manterá negociando até garantir avanços, visto que a proposta apresentada pelo governo não será aprovada pelos trabalhadores, que estão dispostos a paralisar as atividades, caso não haja avanços.
Chama a atenção o descaso da Epagri com as negociações - até o momento não participou de nenhuma reunião e também a postura intransigente do CPF, coordenado pelo secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, chega a ser revoltante. Mesmo tendo consciência dos baixos salários e das elevadas perdas salariais dos trabalhadores na agricultura o governo faz a opção de castigar aqueles que garantem com seu suor, elevados ganhos para a economia do estado. Para este (dês) governo a prioridade são as grandes empresas multinacionais e os apadrinhados políticos. Para os trabalhadores, apenas o arrocho.
Mas os trabalhadores vêm mostrando que sabem lutar pela sua dignidade e permanecem mobilizados para a luta.
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