É lamentável a falta de respeito da diretoria da empresa com os
trabalhadores e sua representação. A empresa chega ao ponto de não respeitar
direitos, mesmo os assumidos e compromissados via Acordo Coletivo de
Trabalho. Desta vez, está negando uma liberação de dirigente sindical,
conquistada no último ACT, com o falso argumento de que, pelo princípio da
proporcionalidade, o Sindaspi/SC deveria solicitar esta liberação junto a
Cidasc.
Vejamos o que diz a Cláusula 28 que está sendo descumprida
pela Epagri: Liberação de Dirigentes Sindicais – Serão
liberados, no âmbito da EPAGRI e CIDASC, com remuneração e demais vantagens
contratuais, para atuarem como Dirigentes Sindicais 5,0 (cinco vírgula zero)
funcionários em tempo integral, indicados pelo Sindicato integrante deste
acordo. A referida cláusula diz claramente as liberações ocorrerão no
âmbito das empresas, não explicitando o número de liberação de dirigentes que
compete a cada empresa. Inclusive interessante destacarmos que a cláusula fala
de dirigentes “indicados” pelo Sindicato e não pelas empresas.
Salientamos ainda que no âmbito da secretaria da agricultura, entre os
sindicatos que ali têm representação, há cinco dirigentes sindicais liberados
na Cidasc e quatro dirigentes (mais outro um dia por semana) na Epagri, considerando
que a Epagri tem quase o dobro de funcionários em relação à Cidasc. Temos que
considerar também que mesmo falando ainda em proporcionalidade, o Sindaspi/SC
tem muito mais trabalhadores representados na Epagri, o que podemos, igualmente
por lógico ter mais dirigentes liberados nesta empresa.
A empresa se diz preocupada com os trabalhadores, mas cria empecilhos na
organização dos mesmos, reincidindo sua recorrente prática antissindical, onde
novamente a vítima é o Sindaspi. O Acordo Coletivo é um documento oficial que
tem a assinatura da própria empresa, onde ambas as partes concordam com a sua
redação. Com essa prática, a Epagri está rasgando o Acordo coletivo,
demonstrando que seus dirigentes não cumprem com a palavra empenhada.
De que adianta passar um ano negociando um ACT que a empresa assina e não
está disposta a cumprir? Os trabalhadores exigem respeito. Cumprimento do ACT
Já.
Daniel Nunes das Neves
Coordenador Sindaspi/SC
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