sexta-feira, 28 de março de 2014

Epagri está rasgando o Acordo Coletivo

É lamentável a falta de respeito da diretoria da empresa com os trabalhadores e sua representação. A empresa chega ao ponto de não respeitar direitos, mesmo os assumidos e compromissados via Acordo Coletivo de Trabalho. Desta vez, está negando uma liberação de dirigente sindical, conquistada no último ACT, com o falso argumento de que, pelo princípio da proporcionalidade, o Sindaspi/SC deveria solicitar esta liberação junto a Cidasc.

Vejamos o que diz a Cláusula 28 que está sendo descumprida pela Epagri: Liberação de Dirigentes Sindicais – Serão liberados, no âmbito da EPAGRI e CIDASC, com remuneração e demais vantagens contratuais, para atuarem como Dirigentes Sindicais 5,0 (cinco vírgula zero) funcionários em tempo integral, indicados pelo Sindicato integrante deste acordo. A referida cláusula diz claramente as liberações ocorrerão no âmbito das empresas, não explicitando o número de liberação de dirigentes que compete a cada empresa. Inclusive interessante destacarmos que a cláusula fala de dirigentes “indicados” pelo Sindicato e não pelas empresas.

Salientamos ainda que no âmbito da secretaria da agricultura, entre os sindicatos que ali têm representação, há cinco dirigentes sindicais liberados na Cidasc e quatro dirigentes (mais outro um dia por semana) na Epagri, considerando que a Epagri tem quase o dobro de funcionários em relação à Cidasc. Temos que considerar também que mesmo falando ainda em proporcionalidade, o Sindaspi/SC tem muito mais trabalhadores representados na Epagri, o que podemos, igualmente por lógico ter mais dirigentes liberados nesta empresa.

A empresa se diz preocupada com os trabalhadores, mas cria empecilhos na organização dos mesmos, reincidindo sua recorrente prática antissindical, onde novamente a vítima é o Sindaspi. O Acordo Coletivo é um documento oficial que tem a assinatura da própria empresa, onde ambas as partes concordam com a sua redação. Com essa prática, a Epagri está rasgando o Acordo coletivo, demonstrando que seus dirigentes não cumprem com a palavra empenhada.

De que adianta passar um ano negociando um ACT que a empresa assina e não está disposta a cumprir? Os trabalhadores exigem respeito. Cumprimento do ACT Já.


Daniel Nunes das Neves
Coordenador Sindaspi/SC



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