sexta-feira, 7 de março de 2014

8 de março: Dia Internacional da Mulher, dia de Luta e de Luto!




Pensar o dia da mulher apenas como a mídia apresenta é reduzir a importância do papel da mulher na história do mundo, do trabalho, da construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Mais importante que rosas, chocolates ou pequenos mimos oferecidos às mulheres neste dia, é a luta constante para garantir que os direitos das mulheres sejam respeitados.

Infelizmente, a maioria das mulheres, mesmo conquistando mais espaço em todos os setores profissionais, tem seus salários inferiores ao dos homens exercendo a mesma função. Apesar de assumirem o esteio financeiro de suas famílias, não deixaram de lado os afazeres domésticos, familiares, maternais, enfrentando duplas e até triplas jornadas de trabalho.


A mídia vende o mito da igualdade de gênero, propaga a imagem da mulher poderosa, exercendo cargos de chefia, como se simplesmente a força de vontade fosse garantia de sucesso para qualquer mulher.

Em 2014, a data vem sendo lembrada pelas milhares de vítimas da violência no mundo.  Dados divulgados pela Anistia Internacional apontam que 150 milhões de meninas com idade inferior a 18 anos já foram agredidas sexualmente. 142 milhões de meninas estão propensas a casar ainda crianças entre 2011 e 2020.  E, 14 milhões de adolescentes dão à luz todos os anos, principalmente como resultado de sexo forçado e gravidez indesejada. No Brasil, a cada 1h30m ocorre um FEMINICÍDIO - crime de homicídio, resultante de violência contra a mulher e é caracterizado em quatro circunstâncias: violência doméstica e familiar; violência sexual; mutilação ou desfiguração da vítima; emprego de tortura ou qualquer meio cruel ou degradante. (PLS 292/2013).

Sim, o Sindaspi comemora e felicita a todas as mulheres por seu dia, mas não pode deixar de lembrar que a luta é constante e árdua. Não podemos esquecer que ainda precisamos avançar muito em relação aos direitos de nossas mulheres. Pois, o assédio sexual é ainda constante em todas as instancias das relações de trabalho, inclusive, nas que menos se poderiam imaginar, como sindicatos e órgãos de defesa das questões trabalhistas.

Não podemos permitir que o capitalismo se aproprie de uma data criada para saudar e manter viva a memória das mulheres que lutaram por melhores condições de vida e trabalho para toda sua classe. A luta da mulher trabalhadora não é só contra a opressão de gênero, porque esta é diretamente determinada pela opressão que sofre todo o conjunto da classe trabalhadora pelas mãos da burguesia que vive de nosso trabalho e de nossa miséria.

Elevar a consciência das trabalhadoras e aproximá-las daqueles que lutam por um futuro melhor é o papel de cada sindicato. O Dia Internacional da Mulher existe para elevar a autoconsciência da mulher e de seu papel perante o mundo, e também, para unir toda a classe trabalhadora, com o objetivo de melhorar as relações de trabalho e avançar nos seus direitos. 


O Sindaspi deseja Um Feliz dia da Mulher, com a certeza que somente unidas as mulheres estarão mais fortes para defender e conquistar seus direitos!!! 

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