Pensar o dia da mulher apenas como a mídia apresenta é
reduzir a importância do papel da mulher na história do mundo, do trabalho, da
construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Mais importante que
rosas, chocolates ou pequenos mimos oferecidos às mulheres neste dia, é a luta
constante para garantir que os direitos das mulheres sejam respeitados.
Infelizmente, a maioria das mulheres, mesmo conquistando
mais espaço em todos os setores profissionais, tem seus salários inferiores ao
dos homens exercendo a mesma função. Apesar de assumirem o esteio financeiro de
suas famílias, não deixaram de lado os afazeres domésticos, familiares,
maternais, enfrentando duplas e até triplas jornadas de trabalho.
A mídia vende o mito da igualdade de gênero, propaga a
imagem da mulher poderosa, exercendo cargos de chefia, como se simplesmente a
força de vontade fosse garantia de sucesso para qualquer mulher.
Em 2014, a data vem sendo lembrada pelas milhares de vítimas
da violência no mundo. Dados divulgados pela Anistia
Internacional apontam que 150 milhões de meninas com idade inferior a 18 anos já foram
agredidas sexualmente. No Brasil, a cada 1h30m
ocorre um FEMINICÍDIO - crime de homicídio, resultante de violência contra a
mulher e é caracterizado em quatro circunstâncias: violência doméstica e
familiar; violência sexual; mutilação ou desfiguração da vítima; emprego de
tortura ou qualquer meio cruel ou degradante. (PLS 292/2013).
Sim, o Sindaspi comemora e felicita a todas as mulheres por
seu dia, mas não pode deixar de lembrar que a luta é constante e árdua. Não
podemos esquecer que ainda precisamos avançar muito em relação aos direitos de
nossas mulheres. Pois, o assédio sexual é ainda constante em todas as instancias
das relações de trabalho, inclusive, nas que menos se poderiam imaginar, como
sindicatos e órgãos de defesa das questões trabalhistas.
Não podemos permitir que o capitalismo se aproprie de uma
data criada para saudar e manter viva a memória das mulheres que lutaram por
melhores condições de vida e trabalho para toda sua classe. A luta da mulher
trabalhadora não é só contra a opressão de gênero, porque esta é diretamente
determinada pela opressão que sofre todo o conjunto da classe trabalhadora
pelas mãos da burguesia que vive de nosso trabalho e de nossa miséria.
Elevar a consciência das trabalhadoras e aproximá-las
daqueles que lutam por um futuro melhor é o papel de cada sindicato. O Dia
Internacional da Mulher existe para elevar a autoconsciência da mulher e de seu
papel perante o mundo, e também, para unir toda a classe trabalhadora, com o
objetivo de melhorar as relações de trabalho e avançar nos seus direitos.
O Sindaspi deseja Um Feliz dia da Mulher, com a certeza que
somente unidas as mulheres estarão mais fortes para defender e conquistar seus direitos!!!
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