segunda-feira, 1 de abril de 2013

Assembleias definem pauta de reivindicações


Entre os dias 19 a 25 de março, mais de 400 trabalhadores das empresas públicas representados pelo Sindaspi (Epagri, Cidasc, Santur, Ceasa e Codesc) reuniram-se para definir a sua pauta de reivindicações. Num momento histórico, em que se acentua a ofensiva do governo contra o serviço público no estado, os trabalhadores definiram nas assembleias quais os pontos prioritários da categoria. As declarações do governo, sobre não reajustar os salários em 2013, não foram bem recebidas, afinal a categoria já vem acumulando perdas superiores a 30%. Não podemos aceitar o arrocho por conta da gastança do governo com publicidade e as inúteis SDR’s e nem assumir o discurso mentiroso da queda de arrecadação. 

Mais do que uma campanha salarial ou uma negociação de Acordos coletivos, o que está em jogo neste momento é a dignidade dos trabalhadores, já degradada pelo governo em anos anteriores e a manutenção dos serviços públicos para a população, que já está seriamente comprometida. Porém, sabemos que a situação ainda pode se agravar. 

Nesse cenário os trabalhadores se perguntam: Afinal, para que serve o Estado? Apenas para recolher impostos, beneficiar empresários e uma turma de apadrinhados políticos do governo? Cadê o retorno do Estado aos cidadãos? Os trabalhadores não concordam com esse descaso absurdo e não podem aceitar calados. Por isso, mais do que nunca é necessário focar na união e na organização. Pensar enquanto classe, lutando sim pelas causas específicas da categoria, mas comprometidos com uma causa maior. 

Com essa determinação, o Sindaspi buscou construir com os trabalhadores uma pauta clara e concisa, pela qual estamos dispostos a lutar com todas as forças, pois só a luta dos trabalhadores é que traz verdadeiras conquistas. As reivindicações serão apresentadas às empresas e governo estadual nos próximos dias. Esperamos que sejam recebidas com alguma consideração e que o governo cumpra o seu papel mínimo no Estado Democrático de Direito, abrindo um canal verdadeiro de negociação com os sindicatos e não um canal de enrolação, como tem feito nos últimos anos.

Contamos com cada trabalhador e trabalhadora nessa campanha que está em curso. Que cada trabalhador com sua ação, seja um parceiro da categoria e não mais um instrumento de manobra na mão dos patrões. Trabalhador consciente é o que mais assusta os patrões. 

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