O Sindaspi, preocupado com as
negociações entre sindicatos da base pública e o governo do estado, que se
mantém intransigente e com uma postura de total descaso os trabalhadores, convidou
diversos sindicatos para analisar as campanhas salariais e discutir uma luta
conjunta entre as classes.
Participaram da reunião, no dia 4
de abril, os sindicatos: Sinte, Sintaema, Sintespe, Sindpd e Sinergia. Cada
sindicato relatou sua situação e perspectivas frente à postura que o governo
estadual vem adotando em relação aos serviços públicos. As falas convergiram no
sentido de colocar as SDR’s e seus cargos comissionados como principais
responsáveis pelo fato de o governo estar no limite prudencial da folha de
pagamento. As 36 SDR’s, que funcionam apenas como comitês políticos dos
partidos do governo, têm um grande número de cargos comissionados com salários
que variam de 5 a 15 mil reais mensais. SC é o estado da federação que mais tem
secretarias e cargos comissionados. Isso, dentre outros motivos, como as
isenções fiscais, vem onerando o Estado e o governo usa isso como justificativa
para precarizar serviços e trabalhadores.
O
governo estadual não aplicou a lei do piso nacional na carreira dos professores,
mas apenas nos menores salários, achatando a tabela salarial e beneficiando
principalmente os ACT’s que já são mais de 50% dos professores que atuam na
rede estadual de educação. O governo não quer negociar com o Sinte, está
querendo impor uma “negociação” unilateral, através da aprovação do reajuste
via projeto de lei. O reajuste de 2013, já foi aprovado na Alesc, sem que
houvesse consulta ao Sinte que, não rejeita o aumento, porém não concorda com
os valores e a forma com que foi concedido. Há que se exercitar melhor, nos
sindicatos, a definição do momento exato de encerrar uma greve.
Assista ao programa na TV Floripa sobre o assunto!
O
serviço na segurança pública está comprometido por falta de pessoal. O número
de agentes prisionais chega a ser de quatro agentes para mais de mil presos em
São Pedro de Alcântara. Na Casan, há uma precarização de longa data em curso no
Estado. O governo precariza a empresa com a intenção de municipalizar e
privatizar. A opinião pública está sendo convencida de que deve ser
privatizada, pois seguidamente ocorrem problemas por falta de infraestrutura e
pessoal.
Na Celesc, a
próxima negociação, tende a ser a mais dura dos últimos anos. A empresa está
sem fluxo de caixa para pagar os próximos salários, com rombo de mais de 500
milhões de reais. Previ está interessada em emprestar dinheiro para cobrir o
rombo. Com isso pretende ser acionista e ter poder de definição dos rumos da
empresa.
Nas empresas
da agricultura, há um processo de sucateamento e redução de pessoal, através,
principalmente de Planos de Demissão Incentivada, onde a empresa se compromete
em recontratar e não o faz. Isso ocorre especialmente na Cidasc, que o governo
pretende transformar em agência. Precárias condições de trabalho, assédio moral
e perseguição política são freqüentes nessas empresas As últimas negociações
têm sido complicadas e com poucos avanços para a categoria.
Precisamos ter
bem claro quem são os nossos aliados. O atual presidente da Alesc, do PP foi
eleito com apenas 1 voto contrário. Cadê a oposição? Não podemos admitir esse
processo de divisão de bases e criação de novos sindicatos que algumas
federações estão estimulando. Isso enfraquece a luta sindical e favorece ao
sindicalismo pelego. A crise internacional está impactando na queda de lucros
das empresas, que estão buscando a solução no Estado e na precarização do
trabalho, por isso precisamos estar mais unidos. Em Santa Catarina, o governo
está aplicando o mais perverso receituário neoliberal e continuamos a lutar
isoladamente. Precisamos criar um instrumento de informação conjunta,
utilizando com mais intensidade e de forma coordenada as redes sociais. Temos
de construir calendários e pautas conjuntas e pensar na unificação das datas-bases.
Mova reunião foi agendada para o dia 11 de abril, às 14 horas, no
Sintespe.
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