terça-feira, 9 de abril de 2013

Sindaspi promove reunião entre sindicatos para construir luta conjunta


O Sindaspi, preocupado com as negociações entre sindicatos da base pública e o governo do estado, que se mantém intransigente e com uma postura de total descaso os trabalhadores, convidou diversos sindicatos para analisar as campanhas salariais e discutir uma luta conjunta entre as classes. 

Participaram da reunião, no dia 4 de abril, os sindicatos: Sinte, Sintaema, Sintespe, Sindpd e Sinergia. Cada sindicato relatou sua situação e perspectivas frente à postura que o governo estadual vem adotando em relação aos serviços públicos. As falas convergiram no sentido de colocar as SDR’s e seus cargos comissionados como principais responsáveis pelo fato de o governo estar no limite prudencial da folha de pagamento. As 36 SDR’s, que funcionam apenas como comitês políticos dos partidos do governo, têm um grande número de cargos comissionados com salários que variam de 5 a 15 mil reais mensais. SC é o estado da federação que mais tem secretarias e cargos comissionados. Isso, dentre outros motivos, como as isenções fiscais, vem onerando o Estado e o governo usa isso como justificativa para precarizar serviços e trabalhadores.

O governo estadual não aplicou a lei do piso nacional na carreira dos professores, mas apenas nos menores salários, achatando a tabela salarial e beneficiando principalmente os ACT’s que já são mais de 50% dos professores que atuam na rede estadual de educação. O governo não quer negociar com o Sinte, está querendo impor uma “negociação” unilateral, através da aprovação do reajuste via projeto de lei. O reajuste de 2013, já foi aprovado na Alesc, sem que houvesse consulta ao Sinte que, não rejeita o aumento, porém não concorda com os valores e a forma com que foi concedido. Há que se exercitar melhor nos sindicatos a definição do momento exato de encerrar uma greve.  


O serviço na segurança pública está comprometido por falta de pessoal. O número de agentes prisionais chega a ser de quatro agentes para mais de mil presos em São Pedro de Alcântara. Na Casan, há uma precarização de longa data em curso no Estado. O governo precariza a empresa com a intenção de municipalizar e privatizar. A opinião pública está sendo convencida de que deve ser privatizada, pois seguidamente ocorrem problemas por falta de infraestrutura e pessoal. 

Na Celesc, a próxima negociação, tende a ser a mais dura dos últimos anos. A empresa está sem fluxo de caixa para pagar os próximos salários, com rombo de mais de 500 milhões de reais. Previ está interessada em emprestar dinheiro para cobrir o rombo. Com isso pretende ser acionista e ter poder de definição dos rumos da empresa.

Nas empresas da agricultura, há um processo de sucateamento e redução de pessoal, através, principalmente de Planos de Demissão Incentivada, onde a empresa se compromete em recontratar e não o faz. Isso ocorre especialmente na Cidasc, que o governo pretende transformar em agência. Precárias condições de trabalho, assédio moral e perseguição política são freqüentes nessas empresas As últimas negociações têm sido complicadas e com poucos avanços para a categoria.

Precisamos ter bem claro quem são os nossos aliados. O atual presidente da Alesc, do PP foi eleito com apenas 1 voto contrário. Cadê a oposição? Não podemos admitir esse processo de divisão de bases e criação de novos sindicatos que algumas federações estão estimulando. Isso enfraquece a luta sindical e favorece ao sindicalismo pelego. A crise internacional está impactando na queda de lucros das empresas, que estão buscando a solução no Estado e na precarização do trabalho, por isso precisamos estar mais unidos. Em Santa Catarina, o governo está aplicando o mais perverso receituário neoliberal e continuamos a lutar isoladamente. Precisamos criar um instrumento de informação conjunta, utilizando com mais intensidade e de forma coordenada as redes sociais. Temos de construir calendários e pautas conjuntas e pensar na unificação das datas-bases. Mova reunião foi agendada para o dia 11 de abril, às 14 horas, no Sintespe.  

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